terça-feira, 23 de abril de 2013

Conheça a história e o património da Cidade de Agualva-Cacém II


Na cidade de Agualva-Cacém existem locais de interesse paleolítico, que atestam a presença de comunidades paleolíticas de caçadores-recolectores:

Pedreira do Carrascal: sita próximo de Mira Sintra, indicia a existência de uma oficina de talha de sílex. Foi descoberta por Carlos Ribeiro, por volta de 1880. Revelou a  existência de indústrias do Paleolítico Médio.

Colaride: A primeira notícia acerca deste sítio arqueológico surge, ainda, nos finais do século XIX, quando o geólogo Carlos Ribeiro, em 1880, regista o aparecimento de instrumentos de sílex,  pertencentes a um conjunto de oficinas de talhe. A sua formação académica permitiu -lhe, então, observar que a matéria -prima utilizada na execução dos referidos instrumentos líticos provinha do mesmo local onde estes tinham sido recolhidos. No decorrer de trabalhos agrícolas levados a cabo, em 1898, no Casal de Colaride, foram postos a descoberto quer os vestígios de uma necrópole visigótica, quer a entrada da gruta natural epónima.
A importância da estação arqueológica de Colaride/Rocanes cedo se tornou óbvia, constituindo-se como local de passagem obrigatória de vários especialistas. Em 1915, o geólogo Paul Choffat visita o sítio, recolhendo o conhecido molde de foice da Idade do Bronze, que desde então ficou depositado e conservado no Museu Nacional de Arqueologia, muito embora associado ao denominado Casal de Rocanes”. O achado deste artefacto foi considerado de extrema importância por toda a comunidade científica, uma vez que se tratava do primeiro molde do tipo, até então, encontrado no atual território português.

Rocanes: importante jazida do Paleolítico Médio, onde se detectaram centenas de instrumentos talhados em sílex, quartzo e quartzite, concentrados numa plataforma de aproximadamente 100 metros de comprimento por 40 de largura e a uma altitude de 190 metros.
Predominam os raspadores, as facas, as pontas e outros utensílios sobre lascas e lâminas, sendo raros os bifaces, furadores e buris. Estamos perante indústrias do complexo mustiero-levalloisense deixadas por caçadores-recolectores do Neanderthal, durante um período que se estendeu ao longo de cerca de 50000 anos (entre 80000 e 35000 a.C.).

São Marcos: procedeu-se a achados dispersos de instrumentos de sílex e outros de seixos aperfeiçoados, idênticos aos da jazida do Paleolítico Inferior do Alto de Colaride.

Cotão: consiste numa vasta zona que abrange ambos os lados da estrada que liga o Cacém a Paço de Arcos, estendendo-se desde São Marcos a Varge Marinho, tendo aí sido encontrados vestígios de indústrias do Paleolítico Inferior e Médio.

Fonte: “Agualva-Cacém e a sua História” de Ana Macedo e Sousa e Teresa Mascarenhas – Edições Golfinho –Publicação da Junta de Freguesia de Agualva-Cacém (Ano 2000).


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Candidatura do Partido Socialista visita Mira Sintra


A Candidatura do Partido Socialista à Freguesia de Agualva e Mira Sintra, com o  seu candidato Carlos Casimiro, promoveu uma visita em Mira Sintra, onde teve a oportunidade de contactar com a população e constatar as principais carências e obras por realizar na freguesia.

Também visitou o Antigo Mercado onde foi informado do notável trabalho de reabilitação realizado pela União Sport Clube de Mira Sintra  nesse espaço, bem como do esforço que o Clube tem realizado na promoção de novas modalidade como o ténis de mesa e as artes marciais.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Conheça a história e o património da Cidade de Agualva-Cacém I


O território que actualmente corresponde à Cidade de Agualva-Cacém, resultou da união, em 15 de Maio de 1953, das paroquias de Agualva (até então integrada em Belas) e do Cacém (até então integrado em Rio de Mouro), como atesta o Artigo 2º do Decreto-Lei nº 39210 daquele ano.

Os primeiros habitantes da actual cidade de Agualva-Cacém, remontam às comunidades paleolíticas, como atestam algumas estações ou jazidas já identificadas e das quais daremos mais informação em próximos posts.

Se tem informação, fotografias ou relatos de interesse histórico da nossa cidade que queira partilhar connosco, envie para agualvacacemps@gmail.com

terça-feira, 16 de abril de 2013

Sítio arqueológico de Colaride classificado de interesse público

Zona classificada como de interesse público e zona não edificante
No passado dia 23 de Março, o sítio arqueológico de Colaride, foi classificado como de interesse público

O Partido Socialista mostra a sua satisfação perante tal classificação, pois trata-se de um assunto  que    há    muito  temos  vindo  a acompanhar e  para  o  qual  chamámos  a atenção, de diversas formas, nomeadamente através da apresentação de Moções e outros documentos na Assembleia de Freguesia de Agualva.

A classificação do Sítio de Colaride como de interesse público, vem salvaguardar uma parte importante da história da Cidade de Agualva-Cacém e  lança  igualmente  o  desafio de trabalhar para que todo o espólio arqueológico  existente, seja   tratado  e documentado  e  fique  em   condições  de  ser dado a conhecer à população.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

PS censura Junta de Freguesia de Agualva,

A Assembleia de Freguesia de Agualva, no âmbito das suas competências e atribuições, vem censurar o executivo da Junta de freguesia e em particular o seu Presidente, pela utilização ilegal e abusiva de dinheiros públicos - Orçamento da Junta de Freguesia -, para o pagamento de uma bolsa de estudo no valor de 3.181,20 euros, destinada à frequência de uma licenciatura em Gestão Autárquica de uma funcionária. A ilegalidade cometida foi detetada durante uma auditoria da Inspecção-geral da Administração Local (IGAL) tendo sido determinado por despacho do Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa a “reposição imediata das verbas pagas indevidamente” pelo presidente da Junta de Freguesia de Agualva. No entendimento da IGAL o executivo da Junta de Freguesia de Agualva, ao aprovar uma bolsa de estudos para a frequência de uma licenciatura de uma funcionária da Junta que é simultaneamente autarca da Coligação Mais Sintra em São Marcos, incorreu em ilegalidade, em virtude da mesma não ser legalmente permitida. Atribuição desta bolsa de estudos para além de carecer de suporte jurídico-legal configura, de igual modo, face aos demais funcionários, uma conduta violadora do princípio da igualdade e não discriminação, consagrado constitucionalmente. A utilização de dinheiros públicos para pagamento de formação académica é prática comum na Junta de Freguesia de Agualva. Recorde-se o pagamento no mandato transato, de uma pós-graduação ao Presidente de Junta e a um vogal do executivo, com um custo global de €6.180,00 para a Junta de Freguesia, situação que o Partido Socialista denunciou por a considerar além de ilegal absolutamente imoral. Com efeito quando Portugal, o concelho de Sintra e a Freguesia de Agualva atravessam uma profunda crise económica com consequências sociais alarmantes nunca antes vistas, é antes de tudo imoral ver um Presidente de Junta utilizar à margem da lei os recursos financeiros da Junta de Freguesia em proveito próprio e no interesse de alguns, quando tais meios deveriam ser usados para apoiar as famílias carenciadas da nossa Freguesia. Este tipo de conduta, deve merecer dos eleitos da Assembleia de Freguesia de Agualva absoluta reprovação, revestindo-se esse comportamento de especial censurabilidade, quando se sabe que foi adoptado num quadro de grandes restrições orçamentais para o País, para o Concelho de Sintra e para a Freguesia de Agualva. Face ao exposto e em nome da dignidade e respeito que os Agualvenses merecem; E por considerarmos irremediavelmente comprometida a credibilidade deste executivo e das forças políticas que o suportam; Propõe-se que a Assembleia de Freguesia de Agualva, reunida em Sessão Extraordinária no dia 21 de Fevereiro de 2013, delibere:

1. Censurar, através da presente proposta, o comportamento e a acção do executivo da Junta de Freguesia de Agualva e, em particular, a conduta do Sr. Presidente de Junta; 
2- Publicar esta proposta num Órgão de Comunicação Social, respeitando o consignado no n.º 2 do art. 91º da Lei n.º 5-A/2002 de 11 de Janeiro;
3- Dar conhecimento desta deliberação às redações de dois jornais de relevância nacional e dois de relevância Concelhia e Agência de Notícias Lusa
4- Dar conhecimento desta deliberação a todos os Vereadores da Câmara Municipal de Sintra, e aos deputados da Assembleia Municipal de Sintra. 5- Anexar à presente deliberação o Relatório do IGAL e o despacho do Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa. 

Agualva, 21 de Fevereiro de 2013 

Os Vogais Eleitos do Partido Socialista da Assembleia de Freguesia de Agualva